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Dra. Léa Mara Moraes

O TAPING no pós-operatório de cirurgias plásticas

Atualizado: 24 de ago. de 2021

O Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o país que mais realiza cirurgia plástica no mundo, segundo pesquisa da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirugia Plástica Estética), divulgada em dezembro de 2019.


Grande parte dos pacientes que se submetem a esses procedimentos buscam uma recuperação cada vez mais rápida, para poder voltar à sua rotina diária. Até pouco tempo atrás, dezenas de sessões de fisioterapia eram obrigatórias para um resultado satisfatório.


Assim como a medicina, a fisioterapia está em constante avanço tecnológico e de técnicas individualizadas para cada perfil de paciente. Neste sentido, podemos afirmar que o TAPING é a grande inovação da fisioterapia pós-operatória.


O Kinesiotaping é uma técnica criada por Kenso Kase em 1976, utilizando uma fita elástica, porosa, adesiva, hipoalergênica e sem princípios ativos, que pode permanecer em contato com a pele por vários dias. Seu material, textura e elasticidade são muito semelhantes à pele.


É um método com embasamento científico que tem como objetivos principais, na área da cirurgia plástica, minimizar o edema (inchaço), evitar as equimoses (roxos) e reduzir ou impedir a formação das fibroses. E ainda melhora a função e reduz a tensão de tecidos próximos às cicatrizes, contribuindo para evitar as deiscências (abertura de pontos na cicatriz).


O taping faz a descompressão de tecidos que sofreram danos em um procedimento cirúrgico. A pele é elevada e assim filamentos de ancoragem (que ‘’abrem’’ os vasos linfáticos) são tracionados, permitindo maior drenagem do líquido que até então estava congestionado no interstício (espaço entre os tecidos abaixo da pele), favorecendo sua absorção.


Sua aplicação, por consequência, reduz a dor e melhora a mobilização do tecido cicatricial, uma vez que a dor causada pela pressão exercida nos receptores sensoriais é aliviada através das ondulações que a bandagem promove, devido à elevação da pele.


A bandagem elástica pode ficar na pele de 5 a 7 dias e não substitui a cinta modeladora, devendo-se associar as técnicas. Cabe ao fisioterapeuta especializado avaliar qual o melhor corte a ser aplicado e as tensões que serão empregadas nas fitas. Na drenagem linfática pós-cirúrgica utiliza-se o corte conhecido como “polvo”, que é aplicado seguindo o sistema linfático, denominado Linfotaping.


Os pacientes também são beneficiados de modo a minimizar as dores musculares pós-operatórias e corrigir algumas complicações cirúrgicas. A aplicação previne intercorrências, acelera a recuperação, permite maior autonomia ao paciente e reduz o número de sessões de fisioterapia, sendo uma excelente opção terapêutica.


A técnica pode ser aplicada no próprio hospital ou preferencialmente nas primeiras 24 horas de cirurgia, pois quanto mais precoce a aplicação, maiores serão os benefícios!


Converse com seu médico, busque tratamento especializado e invista na sua cirurgia e bem-estar!


Juliana Gomes de Sá

CREFITO8 82150-F

Fisioterapeuta licenciada Técnica FIBROSE ZERO

 

Possui outras dúvidas sobre cirurgias plásticas? Agende uma consulta com a Dra. Léa Mara Moraes: https://materiais.leamaramoraes.com.br/agenda-online


Dra. Léa Mara Moraes, cirurgiã plástica

CRM-PR 10.492

RQE Nº: 4410 (CIRURGIA PLÁSTICA)

Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica


IMPORTANTE: se você deseja se submeter à alguma cirurgia plástica, lembre-se que para a sua segurança a recomendação é a de sempre procurar por médicos certificados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

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