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  • Dra. Léa Mara Moraes

O que você precisa saber sobre o Coronavírus (Covid-19)

Entenda o que é essa doença e como o vírus é transmitido.


Em meio a essa pandemia de coronavírus, causador da doença Covid-19, há muitas informações controversas. Para auxiliar meus pacientes e parceiros na compreensão sobre a doença e seus modos de transmissão, achei pertinente compartilhar algumas informações úteis com fontes confiáveis como o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 

O que é o coronavirus?

Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias. Este novo agente do coronavírus foi descoberto em dezembro de 2019, após casos registrados na China. COVID 19 foi o nome dado à doença causado por esta nova família dos coronavírus. A maioria das pessoas se infectam com os coronavírus comuns ao longo da vida, que não este em questão. Sendo as crianças pequenas a mais propensas a se infectarem com os tipos mais comuns do vírus.

Como o coronavírus é transmitido?

A transmissão acontece de uma pessoa doente para outra sadia, por meio de : 

- gotículas de saliva (falar muito próximo, tosse ou espirro)

- toque ou aperto de mão ( pois a mão pode conter gotículas de saliva e, assim, transmitir a outra pessoa, que por sua vez vai levar a mão ao olho, nariz ou boca)

- objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador (pelo mesmo motivo acima, podem conter gotículas de saliva invisíveis).

Quais são os sintomas da COVID 19?

- febre

- tosse

- dificuldade para respirar

- dor de garganta

- outros sintomas gripais, mesmo leves

Qual o período de incubação da COVID 19?

Período de incubação é o tempo que leva desde a infecção até que os primeiros sintomas apareçam, e neste caso pode ser de 2 a 14 dias.

Como se proteger

- Lavar as mãos com frequência, até a altura dos punhos, no mínimo durante 20 segundos, com água e sabão e/ou sabonete.

- Caso não seja possível a lavagem das mãos (quando está na rua, por exemplo), higienizar com álcool gel a 70%. IMPORTANTE: TEM QUE SER A 70 % OU PRÓXIMO DISSO, POIS É A CONCENTRAÇÃO QUE DESNATURA A PROTEÍNA DO VÍRUS.

- Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos. Se usar lenço, higienize as mãos após o seu uso.

- Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos.

- Mantenha uma distância de 2 metros de qualquer pessoa que esteja tossindo ou espirrando, e pelo menos 1 metro de qualquer pessoa com quem você conversa.

- Evite contato físico (abraços, beijos e apertos de mão). Adote uma onda amigável sem contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto.

- Higienize com frequência o celular, brinquedos de crianças e outros objetos de uso frequente.

- Não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos e toalhas.

- Evite aglomerações. 

- Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados.

- Higienize as superfícies da sua casa, principalmente dos banheiros e cozinhas.

- Se estiver doente, obedeça ao período de isolamento de 14 dias.

É recomendado o uso de máscaras?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, o uso de máscaras cirúrgicas é indispensável para os profissionais da saúde, pacientes com sintomas respiratórios (tosse, espirros, dificuldade para respirar) e os profissionais de apoio que prestam assistência aos pacientes suspeitos ou confirmados de COVID-19.

As máscaras de pano podem ser utilizadas, devido à escassez das máscaras descartáveis, pela população em geral como uma barreira mecânica, diminuindo a disseminação do vírus por pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas que podem transmitir o vírus sem saber. Além disso, o uso das máscaras deve ser individual, não podem ser compartilhadas.

! Mas cuidado, a SBI alerta que o uso de máscaras não exclui os outros cuidados, é essencial manter as outras medidas de prevenção como distanciamento social, evitar tocar os olhos, nariz ou boca, higienizar as mãos com água e sabão ou álcool 70%.

A vacina contra a gripe protege da COVID-19?

Não, mas evita que as pessoas tenham outros tipos de doença respiratória, que poderá ser confundido com a COVID 19, evitando outras idas aos locais de atendimento.

Qual o grupo de risco para a COVID 19?

Todas as pessoas podem contrair o vírus, mas as pessoas acima de 60 anos e aquelas com outras doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e outras doenças cardiovasculares, correm um risco maior de ter uma forma mais grave da doença. Sendo assim, estas pessoas deverão ficar preferencialmente em casa, evitando até ir a banco, farmácia e supermercados, se tiver alguém que possa ir no seu lugar.

Já existe tratamento contra o coronavírus?

Até o momento, não existe tratamento e nem vacina. Várias pesquisas estão sendo feitas, mas ainda não há nenhuma comprovação científica. Os médicos tratam os sintomas para reduzir o desconforto.

Segundo um documento emitido recentemente pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), 99,9% das pessoas abaixo de 40 anos sobrevivem, ou seja, a letalidade nesse grupo está em cerca de 0,1%.


Todas as pessoas desenvolvem formas graves da doença? Aproximadamente 80% das pessoas que se infectarem, vão desenvolver uma forma leve, 20% farão a forma moderada e 5% podem desenvolver a forma grave, que necessita de hospitalização, podendo necessitar de entubação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) . Porém, para os grupos de risco não tem como prever qual forma a doença vai evoluir. Para evitar o congestionamento dos Hospitais e UTIs, por enquanto o melhor é evitarmos a infecção.

Existe algum remédio para prevenir a COVID 19?

Não existe vitamina, terapia alternativa ou remédio licenciado capaz de evitar o contágio. As medidas de prevenção já citadas são a melhor maneira.

Por que as cirurgias eletivas (que não são emergência) estão temporariamente suspensas?

O objetivo desta medida é disponibilizar leitos e profissionais de saúde, que podem sofrer uma sobrecarga com o aumento de casos. Esta medida é particularmente importante para os Hospitais Gerais.

Pessoas submetidas a cirurgias plásticas têm um risco maior de contrair a COVID-19?

A cirurgia plástica, por ser eletiva, normalmente é feita em pacientes sadios, e a cirurgia em si não representa uma forma de imunossupressão. O maior cuidado que se tem que ter neste momento, é que a pessoa pode estar em período de incubação (veja acima) e pode vir a desenvolver a doença no pós-operatório por este motivo.

Existem formas de diagnosticar a COVID 19?

Existem exames específicos que podem ser feitos para detectar o vírus (RT-PCR), e outros exames para detectar os anticorpos, mas até o momento estes exames não estão disponíveis para todas as pessoas.

Uma pessoa que teve COVID-19 pode ser submetida a cirurgia plástica? 

Uma pessoa que tenha adquirido a COVID-19 e tenha se curado, em princípio, fica imune e sem nenhuma sequela. Como é uma doença nova, provavelmente as pessoas que ficarem sabidamente doentes serão submetidas a uma avaliação clínica mais detalhada. No entanto, qualquer pessoa, mesmo sem outros antecedentes, passa por uma avaliação clínica antes de uma cirurgia plástica.

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