Indivíduos transgêneros constituem um grupo de pessoas nas quais o sexo de nascimento não corresponde à identidade de gênero com a qual se identifica. E é justamente com o objetivo de se identificar com seu gênero social, que alguns optam por intervenções médicas de afirmação de gênero, seja por meio de abordagens psicológicas, hormonais ou cirúrgicas.
No caso de homens transexuais, a busca mais frequente é pela cirurgia de masculinização de tórax. Mas o que é essa cirurgia e como é feita? É isso que vamos entender agora!
O que é masculinização de tórax?
A masculinização de tórax consiste na criação de um contorno de tórax compatível com tórax masculino, através da remoção do tecido mamário e reposicionamento da aréola.
Existem várias técnicas cirúrgicas, e todas consistem na remoção de grande parte do tecido mamário, sendo que a principal é a mastectomia masculinizadora, que resulta em cicatrizes, que podem ser maiores ou menores dependendo da quantidade de tecido mamário e da existência ou não de sobra de pele.
Como é a cicatriz?
As cicatrizes da masculinização de tórax podem ser ao redor da aréola, se estender nas laterais da mesma ou, ainda mais comum, no sulco submamário. Em alguns casos, é necessário o reposicionamento da aréola através de enxerto.
Quais os riscos da mastectomia masculinizadora?
Como a masculinização é uma mastectomia, podem ocorrer necroses de pele e da aréola, que podem necessitar de retoques ou tatuagens posteriores.
Cuidados pós-cirúrgicos
Após a cirurgia de mastectomia masculinizadora, o paciente precisa tomar alguns cuidados que vão influenciar diretamente no resultado do procedimento. São eles:
● Uma semana de repouso total, até começar a voltar às atividades lentamente. Voltar a dirigir ou fazer esforço com os membros superiores apenas 15 dias após a cirurgia e aos exercícios físicos apenas um mês depois.
● Utilizar faixa ou colete cirúrgico no primeiro mês após a cirurgia.
● Não se expor ao sol.
● Manter a dieta e fazer uso das medicações recomendadas pelo médico cirurgião plástico.
Além disso, é necessário que o paciente operado passe pela manutenção dos exames de mama de rotina, já que mesmo removendo grande parte do tecido mamário, ainda pode ficar pequena quantidade de glândula mamária.
Quais os pré-requisitos para passar pela cirurgia?
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a resolução CFM nº 2265/2019, que dispõe sobre o cuidado específico à pessoa com incongruência de gênero nos procedimentos de mastectomia masculinizadora.
A resolução estabelece a idade mínima de 18 anos para a realização de procedimento cirúrgico, desde que já tenha acompanhamento prévio de 1 ano por equipe multidisciplinar, sendo que a equipe multidisciplinar deve ser composta por endocrinologista, psiquiatra, ginecologista e cirurgião plástico.
A cirurgia de mastectomia masculinizadora é irreversível?
Sim! Portanto, qualquer procedimento cirúrgico deve ser realizado apenas mediante consentimento livre e esclarecido do paciente, após ampla e exaustiva conversa a respeito de todos os aspectos que envolvem a cirurgia e o seu pós.
Ainda tem dúvidas sobre os procedimentos de masculinização de tórax ou deseja iniciar o processo para passar pela cirurgia? Entre em contato com a minha equipe e agende a sua consulta!
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